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OVOS DE PÁSCOA E SUA ORIGEM
OVOS DE PÁSCOA E SUA ORIGEM

 

O Ovo de Páscoa é um chocolate em formato de ovo, geralmente oco e recheado com bombons ou prêmios. Costuma ser envolto por cambiantes papéis laminados, e distribuído como presente aos amigos e crianças nas festividades da Páscoa cristã.

ORIGEM

O ovo de chocolate ou ovos de Páscoa são uma tradição milenar relacionada ao cristianismo. Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ovo um símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os egípcios também coloriam ovos de galinha oco, porém em datas diferentes.

O ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e o renascimento da vida. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera (21 de Março) era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.

Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo.

Colorir e decorar ovos é um costume também bastante antigo praticado no Oriente. Nos países da Europa de Leste, os ortodoxos tornaram-se grandes especialistas em transformar ovos em obras de arte. Da Rússia à Grécia, os ortodoxos costumam pintar os ovos de vermelho. Já na Alemanha, a cor dominante é o verde. A tradição é tão forte que a Quinta-feira Santa é conhecida por Quinta-feira Verde. Na Bulgária, em vez de se esconder os ovos, luta-se com eles na mão. Há verdadeiras batalhas campais. Toda a gente tem de carregar um ovo e quem conseguir a proeza de o manter intacto até ao fim será o mais bem sucedido da família até à próxima Páscoa.

Das tradições da Europa Oriental, o hábito passou aos demais países. Eduardo I de Inglaterra oferecia ovos banhados em ouro aos súditos preferidos. Luís XIV de França os mandava, pintados e decorados, como presentes. Isso iniciou a moda de fazê-los artificiais, de madeira, porcelana e metal, contendo alegras surpresas aos presenteados. Seu sucessor Luís XV presenteou sua amante 33 anos mais jovem, Madame du Barry, com um enorme ovo, o qual continha em estátua de Cupido. Essas tradições inspiraram também Peter Carl Fabergé na criação dos famosos e valiosos Ovos Fabergé..[1]

Os ovos de chocolate vieram dos Pâtissiers franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.

Números, tamanhos e pesos

Ovo de Páscoa gigante

A numeração não é padronizada, e segundo a FGV uma mesma marca pode apresentar ovos do mesmo número com gramatura variada. É possível, por exemplo, encontrar ovos de tamanho 20 de 196 a 350 gramas.[2] Ainda, segundo o IDEC, ovos recheados com brinquedos costumam ter menos chocolate que os números equivalentes sem brindes. [3]

O número serve apenas como indicação de tamanho do ovo, mas a espessura pode variar, e mesmo o tamanho não é padronizado - cada marca usa o que melhor lhe convier.[4]

É importante lembrar que o InMetro exige que fabricantes informem nas embalagens o peso líquido (peso do chocolate em si) e bruto (peso total com embalagem e brinde) dos ovos.

A Páscoa no Mundo

Bélgica e França

Nesses países, os sinos das igrejas não tocam entre a Sexta-Feira da Paixão e o Domingo de Páscoa. Diz a lenda que os sinos voam para Roma até a Páscoa e, no caminho de volta, deixam cair ovos, que as crianças devem encontrar. As crianças belgas fazem ninhos de palha e os escondem na grama, esperando que o coelho da Páscoa os encha de ovos.

Bulgária

Os búlgaros colorem ovos cozidos na Quinta-Feira Santa, após a missa. Os pães pascais também são uma tradição muito forte: podem ser pequenos ou grandes, mas sempre decorados. O pão é chamado "kolache" ou "kozunak". Seu sabor é semelhante ao do panetone brasileiro. Um desses pães é especialmente decorado incrustando-se ovos vermelhos nele (sempre em números ímpares) e levado à igreja na madrugada de sábado, para uma sequência de liturgias. Após esses eventos, os pães e ovos são abençoados e levados de volta para casa. Com esses alimentos presenteiam-se amigos turcos da família (que se sentem muito honrados e retribuem com dinheiro), os chamados pais espirituais (padrinho e madrinha), pais biológicos e todos os outros parentes e amigos.

Os ovos são quebrados após a missa da meia-noite e durante os próximos dias. Um dos ovos é quebrado na parede da igreja (e esse é o primeiro ovo a ser comido após o jejum da Quaresma). Outro ritual, o da quebra de ovos, acontece após o almoço de Páscoa. Cada pessoa escolhe um ovo e, então, cada um a sua vez, bate seu ovo contra o dos outros. Aquele que ficar com o seu ovo inteiro por último terá um ano de sorte.

Estados Unidos

A atividade mais comum nos países é a caça ao ovo de Páscoa. Os ovos cozidos, decorados com tintas, são escondidos e as crianças devem encontrá-los. Em comunidades menores, as crianças da cidade se reúnem em praças para encontrar os ovos, escondidos por todo lugar.

A Páscoa na Casa Branca, sede do governo norte-americano, reúne pessoas de todo o país. A tradição vêm do início da década de 1870, quando crianças brincavam, durante a Páscoa, no gramado do Capitólio, em Washington D.C. Elas levavam seus ovos cozidos e os rolavam na grama para ver quem conseguia mandar o ovo mais longe. Em 1877, uma lei proibiu a atividade, mas o presidente Rutherford Hayes, em 1878, liberou o gramado sul da Casa Branca para a rolagem de ovos.

Hoje, o evento (gratuito) tem ingressos colocados à disposição de crianças entre 3 e 6 anos, acompanhadas dos pais, que participam de diversas brincadeiras em volta da Casa Branca, até seu momento de rolar ovos no gramado.

México

Nesse país é popular a "malhação de Judas", o apóstolo que traiu Jesus. Ao meio-dia do Domingo de Páscoa, bonecos representando Judas são socados, enforcados e queimados. Em algumas cidades, Judas também é representado por uma piñata, um jarro cheio de doces que as crianças devem tentar quebrar, espalhando doces para todos os presentes.

Oriente Médio

A cerimônia do lava-pés é um dos pontos altos da comemoração. Na Quinta-Feira Santa, os padres convidam mendigos a entrar e lavam seus pés e lhes dão presentes, para lembrar o ato de Jesus Cristo.

Suécia

Os suecos mantêm uma relação extremamente solene com a Semana Santa. Fazer casamentos e batizados nessa época é considerado inapropriado. Mas esse quadro, aos poucos, vem mudando: já há alguns anos os cinemas estão abrindo na Sexta-Feira da Paixão. Devido ao clima do país, as palmas do Domingo de Ramos costumam ser substituídas por ramos de salgueiro. De tão ligada a essa liturgia, a folha de salgueiro ficou conhecida como "palma" pelos suecos.

As tradições pascais da Suécia e de outros países escandinavos lembram muito o Halloween norte-americano. Na Quinta-Feira Santa ou na véspera da Páscoa, as crianças suecas vestem-se como bruxos e visitam seus vizinhos, deixando um cartão decorado (a "carta de Páscoa") e esperando receber um doce ou dinheiro em troca.

Esse costume tem origem numa lenda local, que dizia que, durante a Páscoa, a atividade de bruxas e bruxos crescia muito. A tradição das "cartas" é especialmente difundida no oeste da Suécia, onde também é costume colocar essas cartas nas caixas de correios ou por debaixo das portas sem ser visto. A identidade de quem enviou o cartão é sempre secreta. Os suecos também entregam ovos cozidos decorados durante a Páscoa, mas nem de longe tão elaborados como em outros países da Europa.

Coelhinho da Páscoa

Família de coelhos da páscoa em madeira (artesanato alemão)

A tradição do Coelhinho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e o início do século xxVIII.[1] No sul do Brasil, nas regiões bilíngues, o Coelhinho da Páscoa também é chamado de Osterhoos no dialeto Riograndenser Hunsrückisch, e Osterhase no Alemão padrão.

No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida.[2] Alguns povos da Antigüidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. O certo é que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução, e geram grandes ninhadas[3] , e a Páscoa marca a ressurreição, vida nova, tanto entre os judeus quanto entre os cristãos.[4]

Existe também a lenda de que uma mulher pobre coloriu alguns ovos de galinha e os escondeu, para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho passou correndo. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é que havia trazido os ovos.[4] Desde então as crianças sempre acreditaram no coelhinho da páscoa, a história que seus pais contavam para elas. O Coelhinho da Páscoa é a principal atração entre as crianças.